sexta-feira, 30 de março de 2012

AMOR PLATÔNICO


QUE SENTIMENTO É ESSE, O AMOR?
Sim, amamos amar...
Sem saber, que amor é esse
Que sentimento é esse, o AMOR?
Sente com a visão
Com a boca
Com o tato
Com a audição
Atração, Paixão...
Ah! esse amor!
Que sentimento é esse
Que em vão
Acelera o coração
Chora de saudade
Sente falta
Adoece
Quando o sol arrefece...
E a noite chega numa triste solidão
Fria, nua, silenciosa
Ociosa...
Que sentimento é esse, o AMOR?
Que deixa o cheiro do outro
No corpo da gente
Que escorre na face inundando
Molhando a vida da gente?
Inocente, triste, quente...
Que sentimento é esse, o AMOR?
Esse calor
Que mata a gente!!!

Lualfavênus




 “A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.”
Roger Bussy-Rabutin



  “...E esse amor platônico=amor de almas,
faz com que a carne se desmanche,. Uma sensação de morte toma conta de nossa vida, estamos presos pela alma mas a carne sofre com a separação ou distância. Queremos e desejamos a completude, nos misturar, nos fundir totalmente com o ser amado, adorado, mas algo impede a união dos corpos  e então entramos em um processo de catarse= morte.
Enquanto o mesmo objeto de adoração torna-se  odiado pois ele passa a dominar a mente e com a sensação de estar querendo roubar a sua alma, aí o paradoxo “amor e ódio”.
Muitas vezes esse fenômeno acontece porque o ser amado já é parte de nossa psiquê despertando em nosso mundo interno mais remoto(dinâmica do núcleo infantil) e obscuro(arquetípico) e como não conseguimos vivenciar o contato direto com  esse "objeto do desejo", ele transforma-se numa fantasia, numa ilusão e sofremos muito até que nossa psiquê encontre meios de aos poucos, desapegar dessa criação fantástica podendo levar muito tempo indeterminado nesse sofrimento. Algumas paixões podem levar uma vida. Vale desmitificar essa união para que se viva a real.
Amores platônicos são muito comuns em relacionamentos de internet, pois os corpos estão separados por uma tela de vídeo deixando aquela sensação de falta e vazio na alma.”




Amor e desejo

     Platão apresenta o amor em quatro maneiras: em primeiro lugar, como uma carência, insuficiência, necessidade e ao mesmo tempo um desejo de conquistar e de conservar o que não possui; em segundo lugar, o amor se volta para a beleza, que outra coisa não é senão o anúncio e a aparência do bem, portanto neste caso o desejo do bem; em terceiro lugar, como desejo de vencer a morte e é portanto neste caso, a via pela qual o ser mortal procura salvar-se da mortalidade, não permanecendo sempre o mesmo, como o ser divino, mas deixando após si, em troca do que envelhece e morre, algo novo que se lhe assemelha; em quarto lugar, Platão diferencia tantas formas do amor quantas são as formas do belo, desde a beleza sensível até a beleza da sabedoria, que é a mais elevada de todas, sendo a sua forma de amor a filosofia.

     A linguagem popular vulgarizou a idéia de que o amor platônico é a busca da metade de si. No Banquete essa idéia surge no discurso de Aristófanes, que afirma que cada ser é resultado de duas metades e que o amor tem a tendência de reencontrar a sua antiga natureza una. Essa versão do amor platônico influenciou diretamente os mitos do amor que giram em torno do uno, assim como escreve Ferreira: “O amor é a procura do todo e amar é sinônimo de se unir e de se confundir com o amado". Esta idealização do objeto de amor como alma gêmea coloca o sujeito frente a uma demanda que é impossível de ser realizada. Isso pelo fato de que não existe um único objeto que encarne a realização do desejo. Dizer que não existe objeto do desejo não significa que não existam muitos outros objetos que causam desejo, mas é o conhecimento de que ele não existe que permite ao homem aceitar o seu destino, que é desejar e amar dentro de uma lógica do não-todo, como nos mostra Sócrates no Banquete.
.    
     Do amor, sabemos à luz da psicanálise, que ele possui dois lugares: por um lado, o sujeito do desejo e da falta, que é o amante, érastés, e do outro, o objeto de desejo, que é o amado, érôménos. O amante é aquele sobre o qual existe a experiência de que alguma coisa falta, mesmo que não saiba o que seja. Em contrapartida, o amado é aquele que sabe que possui algo que o torna especial, pois alguém o deseja. Esta é ambigüidade do amor, em que o que falta ao amante é exatamente o que o amado também não tem.

     De fato, não é possível falar de amor sem se referir à questão do desejo, pois a noção de interesse e de querer é em grande parte construída sobre a noção do desejo, como é dito no Banquete. Quando ocorre ao ser humano desejar algo com muita intensidade, é natural que exista também interesse em evitar o desconforto a que se é submetido caso o desejo seja frustrado. Isso é o que nos mostra claramente Alcibíades. Talvez seja possível evitar a frustração pelo viés da abdicação do desejo, mas tal fato não exclui a possibilidade de que a força desejante persista em permanecer impondo um determinado custo ao homem. Assim, a decisão de renunciar o desejo gera um desapontamento ou impõe um determinado custo. Este desejo pode ser mantido vivo por sua própria intensidade e não porque a pessoa deseja particularmente que ele persista. É algo da ordem de uma vontade própria, é uma força involuntária que atrai àquele que quer para algo ou alguma coisa. Esta força, como vimos, é a pulsão.

     O corpo precisa de algo externo a ele para continuar vivo, é impelido a agir para obter o objeto que satisfaz a falta que sente. O problema é que no regime pulsional não há como preencher as faltas de maneira satisfatória. Deste modo inicia-se um circuito pulsional, pois sem o encontro satisfatório com o objeto ideal, existe a remanescência de uma carga tensional que retorna a um estado primário a espera de uma nova investida, de uma nova tentativa em busca do objeto. Este ciclo pulsional está inserido no domínio de Eros, já que a busca que desencadeia o circuito é por algo que sugere ao desejo, ao amor, por ser justamente este algo o que ffalta. Freud escreve que os estímulos pulsionais:
                        

"... impõe ao sistema nervoso exigências muito mais elevadas. Incitam-no a assumir atividades complexas e articuladas umas com as outras, as quais visam obter do mundo externo os elementos para a saciação das fontes internas de estímulos, e para tal, interferem no mundo externo e o alteram.(Freud)"



     Juntamente com o desejo está o conceito de libido, que na teoria freudiana, foi sendo amadurecido paralelamente aos avanços que seus estudos adquiriam. De início, em 1884, era apenas o resultado do processo de elaboração da excitação orgânica em excitação psíquica, ou o afeto sexual. Para resumir este princípio, seria a oposição entre o orgânico e o psíquico acompanhada pela oposição entre o inconsciente e consciente. Posteriormente é extraído da teoria das emoções em que Freud explica como uma energia da pulsão sexual intimamente conectada á pulsão de vida, que tem a ver com tudo o que pode ser contido sob a palavra amor. É a parte energética da pulsão.(Fonte: Uma Analogia do Amor Platônico – Vanessa Vanhazebrouck)








sábado, 24 de março de 2012

ALMA E ESPÍRITO



ALMA DOIDA
Sinta onde sua alma quer te levar
O que ela precisa e quer ver
Ou quer realizar?
E o que ela quer revelar?
Faça um acordo com sua alma
Ouça e atenda sua voz interior
Discuta com ela se preciso for
Se ela quer te levar para um mal caminho
Segure-a num corpo livre e sadio
Se ela quer sair por aí e dar uma de doida
Prenda-a em algum prazer num corpo íntegro
Se ela quer destruir seu corpo
Tente convencê-la que você precisa dele
E vai cuidar bem dele
Se ela necessita de amor
Carinho e atenção
Eu estarei aqui para te dar
Tudo de bom que tenho
Guardado em meu coração
E você só precisa fazer
Essa sua alma inquieta
Aceitar.

Lualfavênus

                 




A alma e o espírito precisam de um corpo para amar, gozar, morrer e transcender.



A sexualidade é desígnio da alma e a alma é um mundo a ser explorado, compreendido sem determinismos temporais e comportamentais mas, transformadores.



 
"Alma: etimologia, sentido, significado e referência!
por Paulo Faitanin
UFF

1. Origem do conceito: Palavra rica em significados e referências. Durante toda a exposição filosófica a palavra alma supõe análise de sua origem, natureza e destino. Saber o que significou e o que ainda significa esta palavra no contexto grego nos ajuda muito para uma melhor compreensão de como não houve substancialmente evolução semântica de significado e uso desta palavra nas principais línguas indo-européias.

2. Na origem sânscrito-grego: a palavra grega [psyché] aparece como deverbal do verbo [psýchein], «soprar, emitir um sopro». O verbo [psýcho], «eu sopro, eu deixo escapar o ar» tem provavelmente como origem a forma não sufixada [psýo], que representa a raiz bhes-, soprar , atestada no sânscrito bhas-tra, fole , e no sânscrito-védico, da qual originou sua raiz, [á-psu]: sem sopro, sem força .
Este termo significou o sopro, a respiração, o hálito, a força vital, a vida sentida como sopro , daí alma do ser vivo, sede de seus pensamentos, emoções e desejos , donde o próprio ser, a individualidade pessoal, a pessoa, a parte imaterial e imortal do ser .

3. Na origem hebraico-árabe: A palavra grega pneuma [pneuma] é equivalente semântica da palavra hebraica ruah que designa em seu sentido genérico respiração e, em seu sentido específico hálito, alento vital, alma, espírito, sopro . O seu correspondente em árabe é rúhun, que designa sobretudo alma. A palavra hebraica para alma é nefesh, com o sentido de sopro . Sua correspondente árabe é nafsun, que se refere especialmente a espírito. Assim como palavra latina spiritus serviu para o contexto teológico para designar a vida enquanto princípio pensante, anima serviu para o contexto filosófico para designar a vida enquanto princípio vital.

4. Na origem latino-portuguesa: A palavra latina anima, -ae é equivalente semântica da palavra grega [psyché] e, também, significou, primeiramente, sob influência desta sopro, ar e, posteriormente, princípio vital ; a palavra latina animus, -i, [que só se distingue em gênero da palavra anima, ae] pode ter Psyché www.aquinate.net/ciência e fé ISSN 1808-5733 AQUINATE, n°3, (2006), 336-337 337 sido uma quase tradução e transliteração da palavra grega anemos que designa vento, agitação da alma, paixão , mas traduz semanticamente o que corresponde ao grego [pneuma] que designa o princípio pensante e se opõe, por um lado, a corpo e, por outro, a alma. Para distingui-las, podemos dizer que anima, designa uma parte dinâmica da vida, enquanto princípio vital, no ato de principiar a vida e animar; animus designa uma outra parte dinâmica da vida, enquanto princípio pensante no ato de designar uma característica especial da vida e tem como sinônimos espírito, mente, razão e discurso.

A palavra animus, sobretudo, do início do período medieval até a Escolástica viria a ser substituída pela palavra spiritus que corresponde semanticamente à palavra grega [pneuma] e que significa sopro, vento, respiração, exalação, odor, espírito, aspiração .

A palavra portuguesa alma é tradução semântica e gramatical do termo latino anima, e designa genericamente essência imaterial, capaz de entender, querer e sentir, que unida ao corpo forma a individualidade, pessoa e especificamente princípio de movimento, de vida .








A alma e o espírito precisam de um corpo para amar, gozar, morrer e transcender.









METÁFORA



      Sempre tenho a impressão de se estar perdendo algum significado importante, cada vez que uma crítica se direciona a negligenciar importância e sentido a alguma palavra. Pensando que ela (qualquer palavra) pode ser inclusa em muitos textos e inadequada para alguns. Sendo que cabe ao leitor, fazer desse arranjo, na sua  íntegra, e às vezes, a singular interpretação e adequação literária.
     Sem querer ser exclusivamente “intersubjetiva”, Freud uma vez disse: “...eu prefiro a metáfora ao conceito, a metáfora amplia e o conceito limita...” Ele foi iluminado nesse pensamento, proporcionando uma continuidade  espaçosa para o psicanalista em sua prática.
     Salve a maravilhosa metáfora dos poetas e dos loucos.
A elasticidade nesse pensamento de Gilberto Gil em sua composição musical:

METÁFORA
(Gilberto Gil – 1982)
Uma lata existe para conter algo
Mas quando o poeta diz: "Lata"
Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo
Mas quando o poeta diz: "Meta"
Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso, não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudo nada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível

Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente METÁFORA.







sexta-feira, 23 de março de 2012

LIBERDADE


Nossa alma é livre quando dormimos e não nos governamos, porém, quando acordados a coisa muda...

Não vou me boicotar, vou seguir adiante! Vou sair da teia da aranha e voar como um pássaro,  livre e feliz...

Sou um pássaro cantando em meu ninho  e sempre que saio em vôo livre sinto a vida com o brilho no olhar...



ALMA LIVRE
Uma alma livre
Voa, voa
Sobrevoa
O mar
A flor
A vida.

Uma livre
Canta, canta
Ecoa
Na pedra
Na harpa
O som.

Uma alma livre
Chora, chora
Sofre
Na dor
Na lágrima
O amor.

Uma alma livre
Some, some
Desaparece
Na outra
Na arte
A morte.

Lualfavênus




quinta-feira, 22 de março de 2012

CRIANÇA FELIZ NA VELHICE

Bom quando conseguimos compartilhar com o parceiro amado momentos de infância,  adultos e de velhice durante a convivência do dia a dia sem que isso seja desagrado ou incompatibilidade.
A mulher pode ser a mãe de seu marido no momento em que ele precisa de um cuidado e conforto, ser a companheira numa viagem de aventura, e aquela que escuta e sara suas feridas num momento de dor e cansaço.
Quando estamos amando ou diante do ser amado, ficamos bestialmente infantis, experimentamos aquele momento de alegria e idílio não queremos saber das responsabilidades e compromissos que só começam a aparecer quando começamos a concretizar projetos e a construir algo juntos.
A criança interior pode ser manhosa, chata, irritante durante a infância, mas a criança adulta já é educada e sabe de seus limites. Um casal de velhos que envelhecem juntos ou não, mesmo com suas  rugas marcadas pelo tempo tem em seus semblantes uma criança feliz.


PARADOXOS EXISTENCIAIS COMPLEMENTARES


DÚVIDA        
Se a ciência prova, existe
Se o crente acredita, existe
Se eu não provo e não acredito
Mesmo assim pode existir
Portanto,
Provando ou não,
Crendo ou não, existe.
O que existe?
Aquilo que eu duvido da existência.
Logo,
EU CREIO NA EXISTÊNCIA DAQUILO QUE DUVIDO.
Se a ciência prova a dúvida daquilo que existe
Eu creio naquilo que a ciência
Comprovadamente desaprova
Para aprovar ou crer é preciso,
EXISTÊNCIA.

Lualfavênus

- ENCONTRO DOS OPOSTOS -

Quando os homens conhecem que a bondade é boa,
Então sabem que a maldade existe.
Quando os homens conhecem que a beleza é bela,
Então sabem que a fealdade existe.
Assim Ser e Não Ser engendram-se um ao outro.
Difícil e fácil complementam-se um ao outro.
Comprido e curto são relativos um ao outro.
Alto e baixo acompanham-se um ao outro.
Som e tom harmonizam-se um ao outro.
Antes e depois sucedem-se um ao outro.
Portanto, o Sábio ensina sem palavras e
obra sem ação e,
No entanto, nada fica sem se realizar.
Quando se manifesta a existência,
Não se opõe a ela.
Atua sem se apropriar.
Na obra realizada não exige
que se lhe reconheçam méritos,
E é porque não pretende o mérito
que este não lhe pode ser arrebatado.

TAO TE KING




SATIRIZANDO


"Sátiro e Ninfa"-Pintura digital, João Werner   


“...satirizando,  essa comunicação exótica, é justamente o que mais admiro. Senso de humor debochado, ironias, os devaneios(netunianos), são qualidades que não gostaria de perder...


É como expresso minha criatividade e transcendência. Não ataco fisicamente as pessoas e nem me defendo com agressões físicas, reconheço meus limites mas, esse meu "mercúrio mágico  alquimista" me concede a força provocando transformações nas pessoas e em mim..


É minha espada simbólica, é a minha língua venenosa ou doce, quem me conhece sabe que pode receber de mim tanto meu veneno quanto meu mel, basta saber lidar comigo e me respeitar.”


                                                                  
Sátiro e Ninfa
Na mitologia grega, ninfas são qualquer membro de uma grande categoria de deusa -espíritos naturais femininos, às vezes ligados a um local ou objeto particular. Muitas vezes, ninfas compõem o aspecto de variados deuses e deusas, ver também a genealogia dos deuses gregos. São frequentemente alvo da luxúria dos sátiros. Em outros resumos as ninfas seriam fadas sem asas, leves e delicadas. São a personificação da graça criativa e fecundadora na natureza.

Ninfa deriva do grego nimphe, que significa "noiva", "velado", "botão de rosa", dentre muitos outros significados. As ninfas são espíritos, habitantes dos lagos e riachos, bosques, florestas, prados e montanhas.

Na mitologia dos povos gregos, os sátiros (em grego, Σάτυροι, Sátyroi, talvez relacionado ao grego sathê, "pênis") são divindades menores da natureza com o aspecto de homens com cauda e orelhas de asno ou cabrito, pequenos chifres na testa, narizes achatados, lábios grossos, barbas longas e órgãos sexuais de dimensões bem acima da média - muito freqüentemente mostrados em estado de ereção.

Viviam nos campos e bosques e tinham freqüentes relações sexuais com as ninfas (principalmente as Mênades, que a eles se juntavam no cortejo de Dioníso), além de copularem com mulheres e rapazes humanos, cabras e ovelhas.(Fonte:Wikipédia)