As palavras tem seu tempo...algumas o passado, outras o presente e muitas o futuro, prefira os dois últimos tempos e deixe os sentimentos na atemporalidade.
Orquídea lilás
Em sua cor o amor trás
Em Seu aroma a felicidade leva
Nas gotas da relva
Dos beijos de Eva.
Em sua essência
És pureza
Rara beleza
Em mistura
És transcendência
Transluscência...
Lualfavênus
SONHEI
que eu tinha morrido e renasci num planeta diferente, os humanos não tinham
aparelho digestivo apenas um tubo interno revestido de carne da cor neon; as
orelhas eram compridas e pontudas. Seus corpos eram equilibrados, não havia
nenhuma deformidade. Perfeitos, tinham no peito um coração que pulsava
bombeando a água pura límpida, cristalina que percorria todo o corpo na forma
de vasos .
As
fêmeas eram menores que os machos, e
lindas, suas vaginas em forma de orquídeas exalavam aromas de flores diversas e
singulares/exóticos/afrodisíacos, sem pêlos, de vários tamanhos mas, nunca
exageradamente grandes ou muito pequenas.
Os
machos tinham pênis retos de vários tamanhos e diâmetros que na cópula soltavam
jatos de líquido verde transparente, seiva pura.
Havia muitas árvores, cachoeiras, pedras
coloridas e brilhantes. Pássaros, peixes, borboletas, insetos coloridos, nenhum
animal carnívoro ou peçonhento, exceto as mágicas e poderosas serpentes
coloridas e espertas.
O
ar era perfumado. Animais e humanos se
alimentavam apenas das luzes astrais e
das águas que vertiam das rochas. As estrelas coloridas estavam muito próximas
e cintilantes e nas noites reluziam,
refletindo no solo. Os mares eram calmos, transparente, verdes, anis, azuis com
ondas prateadas. Os rios eram profundos
de águas frescas que vertiam de cachoeiras
em forma de cascatas espumantes e alvas.
Os
casais se encontravam e copulavam quando seus genitais se encaixavam
justamente. E se afastavam se as dimensões fossem incompatíveis. Não havia
traição, ciúmes, maus sentimentos; havia “só love, love, Love”....e alegria....A vida
era uma eterna brincadeira....
O
amor era livre. Humanos e animais se acariciavam, se tocavam, mas só transavam
aqueles casais que conseguiam encaixar "justamente" seus órgãos
sexuais; a libido só despertava quando o macho gostava do aroma da flor que
também era compatível com o tamanho de seu pênis.
O
amor era incondicional entre todos mas,
o amor apaixonado só acontecia quando os corpos e genitais compatíveis se encontravam.
As relações eram monogâmicas
com entrosamento entre casais que se o harmonizavam nas interações corporais
quando os sinais sensoriais estavam em sintonia e se iluminavam.
O
amor livre era compartilhado entre todos.
Os
beijos tinham sabores de frutas. As frutas das árvores só serviam para a
perpetuação do ciclo natural..."semente, arbusto, flor e
fruto"....ciclo eterno....
Mas,
um detalhe, não havia lixo, artifícios, objetos cortantes e perfuradores, mau cheiro, detritos, putrefação, morte e...pasmem!!!....não
havia "cus".
Então
acordei pensando-” e os tarados por sexo anal, (cus), estariam muito tristes,
sem as sujeiras e detritos num lugar como aquele.
Eu
gostaria de renascer lá.
Quem
sabe esse sonho venha a se realizar um dia....rsssss.
As carências e
frustrações humanas são extremas e não há outra maneira de preenchê-las senão
criando mitos, idolatrando seres ilusórios para proteção, organização e até
mesmo salvação e alívio de culpas. Deuses poderosos que quando evocados
permitem a sobrevivência e permanência aqui neste planeta que devido a tanta
amargura e imperfeições humanas, está sofrendo em seu ciclo caoticamente
transformador.
O caos é sentido
em cada lágrima e desespero do indivíduo que com ódio e dor; na sua impotência, ataca violentamente os que se projetam em hierarquias superiores.
“Em terra de cego quem tem um olho é caolho”, mas a idealização faz com que o
caolho seja consagrado como um rei.
Precisamos
desenvolver nossas faculdades e virtudes internas para experimentar o acesso e
transitar livremente sobre esse chão terreno. É preciso desfocar em falsos
deuses, ídolos, líderes e fortalecer nossa individualidade e singularidade
senão quisermos ser esmagados pela massa de monstros poderosos que criamos e
podem nos matar.
Quando o filho se
decepciona com o pai está diante de um grande desafio; o reconhecimento de sua
real e verdadeira potência de vida, libertando-se de suas projeções fantásticas
e compreendendo melhor a vida interagindo com mais habilidade com os habitantes
deste planeta.
Cada alma tem a
sua trajetória e sua própria história, nesta singular condição está toda a sua
glória e soberba. A mistificação e idolatrias coletivas são reflexos de
inferioridades e frustrações de uma parte de indivíduos que superestimam ou
subestimam suas próprias existências e capacidades....
Certa vez um rei
infeliz e generoso queria abandonar o trono porque não suportava mais coordenar
o movimento heliocêntrico cósmico, estava cansado mas, não deixava o seu castelo
porque não havia ninguém para substituí-lo e ele agonizava somente com a idéia
de causar a desordem se os planetas parassem de orbitar o sol e o mundo se
acabaria, inclusive ele morreria..
Entendendo a “Mistificação
“...Enquanto Jung não tardou em usar o termo, foi só em 1937 que Freud pode dizer:
"O
conteúdo do inconsciente, na verdade, é, seja lá como for, uma propriedade
universal, coletiva, da humanidade."
Por esse termo, Jung entende aquele
nível psíquico onde se registra a experiência acumulada da espécie, ao longo de
sua história. Ele nos diz:
"Ao lado desses conteúdos
inconscientes pessoais, há outros conteúdos que não provém das aquisições
pessoais, mas da possibilidade hereditária do funcionamento psíquico em geral,
ou seja, da estrutura cerebral herdada. São as conexões mitológicas, os motivos
e imagens que podem nascer de novo, a qualquer tempo e lugar, sem tradição ou
migração históricas. Denomino esses conteúdos deinconsciente coletivo."
"...
naturalmente não se trata de idéias hereditárias, e sim de uma predisposição
inata para a criação de fantasias paralelas, de estruturas idênticas,
universais, da psique, que mais tarde chamei de inconsciente coletivo. Dei a
essas estruturas o nome de arquétipos. Elas correspondem ao conceito biológico
do 'pattern of behavior'"
"... o
inconsciente consiste, entre outros, dos 'resíduos' da psique arcaica
indiferenciada, inclusive dos estágios prévios da animalidade."
"O
inconsciente coletivo compreende toda a vida psíquica dos antepassados desde
seus primórdios. É o pressuposto e a matriz de todos os fatos psíquicos e por
isso exerce também uma influência que compromete altamente a liberdade da
consciência, visto que tende constantemente a recolocar todos os processos
conscientes em seus antigos trilhos."
Podemos reduzir o "id
imaginário", aquilo que em Jung se refere ao mundo dos arquétipos, o
inconsciente coletivo, e etc, à imagem dopai
primevoe aquilo que a ela se
refere? É isso o que o faz Freud e Lacan. Sem dúvida não estamos querendo aqui
responder a tal pergunta. Queremos apenas frisar que há uma oposição fundamental em "Freud e Jung", e que é bem frisada pelas palavras de ambos:
Freud-
"Por
que, meu Deus, me permito segui-lo nesse campo? O senhor deve dar-me algumas
sugestões. Mas, provavelmente, os meus túneis serão muito mais subterrâneos do
que suas escavações, e não tomaremos conhecimento um do outro, mas cada vez que
eu subir à superfície poderei saudá-lo."
Ao que Jung responde, dois dias
depois-
"Nossas diferenças pessoais tornarão o nosso
trabalho diferente. O senhor extrai as pedras preciosas, mas eu possuo o
'degree of extension'[grau
de extensão]. Como o senhor sabe, o meu procedimento é sempre do exterior
para o interior e da totalidade para a parte. Consideraria por demais
desconcertante deixar grandes áreas do conhecimento humano permanecerem
negligenciadas. E por causa da diferença de nossos métodos de trabalho devemos,
sem dúvida, encontrarmo-nos de vez em quando, em lugares inesperados.".
(Fonte:O ID E O INCONSCIENTE COLETIVO Questões a
Freud, Jung e Lacan-Rodrigo
Zanatta)
Então, diante dessas geniais idéias
sobre o entendimento da psique humana, há duas direções de focos durante a
trajetória e exploração para o alcance de algumas verdade.s sobre as almas; a
visão de Freud, análise profunda de dentro(pessoal) para fora(coletivo) e a de
Jung, manifestações da arte, inversamente de fora(coletivo) para
dentro(pessoal). Em ambas as direções encontramos
dinâmicas de “mitificação” conhecimento
significativo de relevante conteúdo que nos abençoa com um possível
reconhecimento do “eu” e do “nós”em suas relações fantásticas, reais e/ou
imaginárias.